quinta-feira, 30 de outubro de 2008

De Virilização a Comentários Diversos.

Quando resolvi escrever a um blog, procurei pesquisar tanto sobre sua história quanto o que rola hoje nos já companheiros de todos os dias. A história já é bem conhecida por quem acompanha os blogeiros e suas atualizações, e você já deve ter lido algo sobre como tudo começou: Que surgiram na segunda metade da década de 90, inicialmente com o nome de weblog, uma junção de web e log que grossamente quer dizer, registro na web, e tal, e tal... Mas, como tudo no mundo da informatização, começou sem uma função determinada, abrigava pequenos textos e alguns links comentados.

A mudança foi grande e até termos os blogs como conhecemos hoje muitos tabus tiveram que ser derrubados, dentre eles a questão dos impressos, que sempre foram para alguns o principal meio de informação, sem contar a convergência de mídias digitais, que acabou por dinamizar esse acesso e popularizar a obtenção de computadores, facilitando o acesso de cada vez mais pessoas à rede mundial, internet.

Esquecendo um pouco o advento dos blogs e partindo pra liberdade que têm aqueles que se submetem a expor seus pensamentos e preferências em espaço comum, é interessante como no nosso Estado, na cidade de Rio Branco, pra ser mais especifico, cada vez mais pessoas têm um blog, uma grande maioria abandonados, verdade seja dita, por que muitos acham bacana, uma onda legal, mas acabam deixando de lado e voltando pro Orkut. Muitos têm nesse artifício um grande aliado político e social, e outros além de escreverem para jornais, ou trabalharem na TV, têm de forma paralela um blog, onde até têm uma liberdade maior para escrever sobre o que querem, tanto sobre a situação econômica dos Estados Unidos que abala todo o cenário econômico mundial, como também sobre como foi seu fim de semana e quantos peixes pegou na pescaria com os amigos, coisa que nunca teria no jornal ou TV onde trabalha. O blog transmite essa sensação de liberdade, uma hora sobre algo de interesse coletivo, outra contando algo sobre si, ou opinando sobre qualquer “miolo de pote”. Também temos jornalistas ainda mais ousados, que transformaram isso em uma atividade quase que principal, aí já é assunto pra um outro post, talvez com o nome: “o blog é, meu e faço o que quiser”, sei lá...

E os blogs de conteúdo, temos? Mas claro que sim. Li muitos blogs legais, onde realmente é possível aprender sobre assuntos diversos. Li posts ótimos do ponto de vista literário, porque existem blogueiros que realmente sabem o que escrever e como escrever. Textos bem elaborados e fieis aos pensamentos dos donos, com uma gramática impecável (ler várias vezes o próprio texto escrito ajuda, pelo menos a encontrar os erros e corrigi-los), com uma preocupação muito grande com o que os leitores acharão e como irão absorver toda essa informação. Ta certo que vemos muitos textos chatos pra caramba, de fazer você pescar várias “traíras” em frente à tela do computador, mas nem tudo são flores na vida de um bom blogueiro, concorda?

Ter estilo também pode. O que vemos quanto à blogs bem feitos, dá pra contar nos dedos, pelo menos há quem se preocupe com o layout do seu. Alguns muito bem feitinhos, com bichinhos no fundo, ou uma foto enorme atrás, com muita cor, pouca cor; pra todos os gostos e tamanhos, quer variedade, é só procurar. Fiquei sabendo, que grande parte desses bem feitinhos, não são os donos que fazem. Então me apresenta quem fez, quem sabe rola uma ajuda aqui também, hehe...

Outra coisa que certamente podemos é usar essa linguagem mais informal, quase uma conversa, lembra da história dos textos chatos? Pois é...

Mas e os perdidos entre os tantos? É o que mais vemos. Na minha longa busca por conteúdo diversificado entre os blogs, vi de tudo, os bons como já citei, os esquecidos e os que nem sabia que existião. Muita gente tem blog hoje em dia, pessoas que nem imaginava que soubessem escrever, mas as opiniões são diversas, afinal, tudo pode no mundo virtual, até fingir que entende. Das mais variadas formas e tamanhos os textos se confundem entre si, muitos parecidos e cheios de erros, não de grafia somente, mas de concordância, verbal e nominal, e até de organização de idéias. Um bom nome para esses blogs seria: “Idéias Soltas”. E o lema: “várias idéias na cabeça, um teclado nas mãos e nenhuma noção do que fazer com isso”.
Sem querer criticar, longe de mim, mas hoje, quem tem internet em casa quer ser blogueiro, isso é ótimo por que assim surgem muitos textos que realmente são interessantes, além do mais, censura hoje em dia nada a ver, deixa o povo ser feliz, por que afinal de contas com a liberdade que temos hoje e a quantidade de informação a que somos expostos a cada segundo, quem tem disposição escreve, quem não tem lê.
Tudo pode no mundo “real” dos blogs, onde me disseram que o pensamento é livre e há espaço pra quem sabe o que está fazendo, foi o que me disseram. Outro dia assistindo a mais um programa alienador da televisão brasileira (que nesse caso não é da rede globo) conheci um termo novo, gíria de internauta, “virilizar”. Se assusta não, não tem nada a ver com viril, é um termo criado por uma turma de amigos sobre vídeos e informações afins que são lançadas na rede, uma alusão aos vírus de computador que se espalham muito rápido, se multiplicam e se tornam ainda mais conhecidos. Chamam assim o que acontece com as mídias “jogadas” na net, que acabam sofreando uma “virilização”, uma popularização muito rápida e descontrolada. É assim também com os blogs que dividem esse espaço, é só publicar algo que alguém lê, passa o link pro outro e quando menos se espera a bagunça ta bonita, todo mundo sabendo. Um exemplo mais fiel a essa situação foi um infeliz acontecimento da nossa capital, onde um circense forasteiro andou falando o que não devia, pra quem não interessava ouvir, caiu no interesse dos blogueiros e logo virou noticia, todo mundo querendo comentar, falar mal, dizer o que desse vontade, eu mesmo fiquei sabendo lendo em um blog, depois em outro, e em outro e outro.

Uma mania que vem crescendo junto com os blogs é comentar. Após ler, sempre fica uma vontadezinha de se meter no texto do colega blogueiro. “Vamos comentar pra ajudar ou simplesmente pra abrir um parêntese sobre um determinado assunto”. Se ligar nos comentários é uma forma de controlar seu blog, entender como os leitores estão reagindo e aprender a responder aos estímulos críticos de cada postagem, uma vez que nem só de post vive o blogueiro, mas de todo comentário também. Dessa forma acontece a interação tanto de leitores afins quanto de blogueiros amigos que acompanham o cenário virtual em busca de novidades ou simplesmente pra prestigiar o amigo. Como em tudo existe o lado ruim, mas que no fundo acaba ajudando, nos comentários também encontramos desagradáveis participações. Quem quer comentar tem a opção de usar seu e-mail e nomes pessoais, o nome do seu blog, ou ainda escolher não usar nome algum. Os anônimos habitam diariamente as páginas de comentários, muitos favoráveis é claro, mas em sua grande maioria medíocres em detalhe e importância, onde seu maior objetivo é tentar constranger quem redigiu o texto, mas como já disse, no mundo virtual vemos de tudo, só vemos porque a identidade, ninguém sabe.
Estilo, conteúdo, originalidade, informatização, comunicação, enfim, tudo o que tem a ver com os blogs é favorável em vistas de aumentar o acesso à informação e melhorar a eficiência de nossos profissionais. Começar bem é começar direito, se preocupar com o que os outros lerão, e ter um retorno bacana de quem acompanha suas publicações. No mundo dos weblogs ou como chamados hoje, blogs, o que vale é experimentar e se esforçar pra saber sempre mais. Ler, assistir, ouvir, discutir, ter uma mente treinada pra essa constante atualização de dados que enchem os blogs todos os dias de informação.
Primo...